Este é um livro paradidático abordando a história do Estado do Espírito Santo, desde o tempo das Capitanias Hereditárias até os dias atuais, evidenciando as peculiaridades desse discreto Estado da Federação, representado na Bandeira Nacional de maneira singela, através da estrela “intrometida” na Constelação do Cruzeiro do Sul.
Comandada, em sua fase inicial no Século XVI, por Vasco Fernandes Coutinho, a Capitania do Espírito Santo era uma das mais pobres. Mas era uma Capitania estratégica, situada entre o Sul e o Norte da Colônia, contando com o Porto de Vitória, um dos poucos portos seguros da costa. Seu território foi sempre disputado: ao Norte, pela Bahia; mais tarde, após o Ciclo do Ouro, a Oeste, por Minas Gerais.
Seu donatário não era um homem de muitas posses em Portugal, onde teve que abrir mão de seus soldos, vendendo os títulos conquistados em guerras no Oriente, para que pudesse adquirir um único navio que trouxesse os primeiros 60 europeus para a Capitania, onde enfrentou carências materiais e forte oposição dos indígenas, ainda que com grande apoio dos padres jesuítas, importantes no progresso agrícola e pastoril, na catequese dos indígenas e na formação do povo local, e com algum apoio militar da Bahia. Mesmo com dificuldades, a Capitania capixaba daria decisivo apoio logístico e militar na luta contra os tamoios e franceses na Guanabara.
Somente após a chegada de D. João VI ao Brasil é que a Capitania se tornaria mais percebida, com as pioneiras visitas de grandes naturalistas e pesquisadores europeus – os franceses Auguste de Saint-Hilaire e Jean-Victor Frond, o suíço Johann von Tschudi e outros. Até mesmo do Imperador Dom Pedro II visitou o Espírito Santo, em 1859, depois do que a província capixaba passaria, então, a ser mais integrada ao Brasil.
O Espírito Santo vem apresentando, nas últimas décadas, índices de avanço econômico e social quase sempre acima da média nacional, num quadro de solidez econômica, notável crescimento e diversificação na Agricultura (café, milho, eucalipto, cana-de-açúcar, pimenta, mandioca, batata etc.) e na Fruticultura (abacaxi, cacau, mamão etc.).
Sobretudo na indústria, o Espírito Santo se destaca através do setor de petróleo e gás natural, o segundo em produção e reservas no País, como também através das indústrias de siderurgia, celulose, cimento, pellets, rochas decorativas, granito, laticínios, chocolates etc., confirmando uma posição na Economia, com positivos reflexos na área social, que apresenta o quinto IDH do Brasil.
Marcelo Schwob
Autor(es): Marcelo Schwob
Editora: Pébola Casa Editorial
ISBN: 978-65-85764-06-3
Lançamento: 2023
Páginas: 252
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