Um dos primeiros nordestinos com destaque na Seleção. Artilheiro da maior goleada do Maracanã. Colaborou decisivamente para irmos à Copa de 1958. Este é Aluísio Francisco da Luz, paraibano de Cabedelo, que jogou pelo Flamengo, Corinthians, Espanyol de Barcelona e brilhou na Seleção Brasileira.
Em meados dos Anos 1940, época em que o garoto Aluísio conseguia uns trocados para assistir a filmes no Rio de Janeiro, o faroeste nem era a bola da vez. Quem estava em alta eram Chaplin e Carmen Miranda. Walt Disney já havia até criado o personagem Zé Carioca, em homenagem ao Brasil. Mas, na mente de Aluísio, estavam fixados os personagens dos filmes de faroeste, como o herói mascarado Zorro e seu cavalo, ou o norte-americano Jesse James, um fora-da-lei.
Ao longo dessa jornada sobre a história, a carreira e os feitos realizados no futebol por Índio, entre anos 1950 e 1965, época da sua atuação como jogador profissional, teremos um grande companhia. Uma espécie de participação especial do próprio Índio, na sua última entrevista, concedida ao CPDOC – Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getulio Vargas, dentro do projeto Futebol, Memória e Patrimônio, em julho de 2011.
Numa época em que o futebol iniciava a sua saída do amadorismo, Índio, de fato, não teve quem tomasse conta da sua carreira. Perdeu o pai muito cedo e aceitava, humildemente, o que diziam o que ele valia. Não ter tido o pai ao seu lado, ou mesmo um irmão, um amigo para apoiar e cuidar da sua carreira, principalmente no início, coisa comum desde os primórdios do futebol, fez com que Índio fosse levado a percorrer caminhos injustos, que se refletiram em condições de trabalho e contratos financeiros que poderiam ter sido bem melhores.
“Eu nunca soube fazer contrato, sempre saía perdendo. Hoje em dia, admiro os jogadores terem um procurador; isso está muito certo. Eu não tinha ninguém para recorrer e tinha que aceitar o que eles [os diretores] diziam” — afirmava.
O fato é que eram outros tempos no Mundo e no futebol, tempos em que não havia, por exemplo, a internet. Imaginem a dificuldade para obter informações e ampliar conhecimentos? Como um treinador de futebol conseguia acompanhar um jogador selecionável, atuando fora do Brasil? Imagine a dificuldade da imprensa da época em noticiar para todo o nosso imenso País?
Autor(es): Fábio Henrique Alves
Editora: @livrosdefutebol
ISBN: 978-65-997535-4-1
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Páginas: 212
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