O Brasileiro consome poucos, pouquíssimos livros de Poesia, dizem as pesquisas. Aliás, o índice de leitura do Brasileiro, por ano/habitante, é de fazer corar frade de pedra. Não dá pra fazer um País sem livros.

Mas isso é uma maluquice, porque a nossa Literatura está coalhada de grandes poetas — mulheres e homens, antigos e modernos — que se fizeram famosos através de suas poesias.

Adilson Taipan é um poeta visceral. Poeta-cachorreiro, como se autointitula, tudo o que ele faz, sai aos uivos e com muita coceira na cabeça, pra tirar poesia da pedra.

Se a cara leitora, ou o caro leitor, acham que vão encontrar aqui um poeta tradicional, podem ir tirando os seus Biribas da chuva, porque com Adilson Taipan, não tem regras.

Tem tripas, sangue, suor e muitas lágrimas — não fosse ele um Botafoguense (leia a Nota do Editor, ao final deste texto) apaixonado, que sabe que... há coisas...

Esse é o seu livro número sei-lá-o-quê. Descobri um, ao acaso, numa estante sei-lá-onde, e fiquei encantado com a poética guerrilha que Taipan empreende, há anos, com a mesma dedicação e amor com que cuida de sei-lá-quantos cachorros.

Ligue para ele, a qualquer hora do dia, da noite ou da madrugada, que a sinfonia de latidos, uivos e porradas será a trilha sonora por trás do papo.

Taipan é um guerrilheiro. Da Poesia, da Literatura, da Proteção Animal. O que ele faz para sobreviver e fazer sobreviver as centenas de vira-latas que pega, largados pelas ruas, ou que — sabendo o que ele faz — largam na porta da casa dele, sabendo que com dinheiro ou sem ração, a Cachorrada vai se dar bem.

Então, aí está mais um livro do Taipan, mais um que tenho a honra e o prazer de fazer com ele, pra ele, pra torcida do Botafogo, pra quem gosta de cachorros e gosta de ler.

Cesar Oliveira (Admirador e amigo do Poeta)

Autor(es): Adilson Taipan

Editora: @livrosdefutebol

ISBN: 

Lançamento: 

Páginas: 80