"Um País se faz com Homens e livros" (Monteiro Lobato)
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Sempre acreditei que há algo de transcendental, de metafísico, ligando o ser humano ao local em que perdeu o seu cordão umbilical. Aqui, mais uma vez, minha crença se confirma.

Creio também que, na evolução de um conglomerado humano — vila, aldeia, distrito, bairro ou comunidade — só se chega a ser considerado “cidade”, quando é capaz de produzir uma cultura própria, alguma coisa que o diferencie das outras comunidades. Essa cultura não precisa ser original ou única, mas precisa ser própria. A produção de seu povo — ou de um de seus filhos — capaz de identificá-la e de ser tornada reconhecível junto a outras comunidades.

A magnífica e sensível obra desse singular poeta, Allan Titonelli Nunes, tem tudo isso. Deixa transparecer a sua cultura universal em versos comoventes. A sua condição humana, com vínculos à terra em que nasceu e conviveu em toda a sua mocidade. A gratidão aos professores e às pessoas que lhe serviram de exemplo. A paixão pelo Flamengo e os vínculos com os países que moldaram a cultura regional, são características marcantes dessa obra que encanta e envolve o leitor.

Conseguiu chegar bem perto do que dizia Mario Quintana, pois ao ler a obra encantadora e singular, tem-se a impressão de que estamos lendo e relendo a nossa própria história, lendo e revendo a cultura própria da nossa gente e da nossa região.

A águia cativa livrou-se dos grilhões e ganhou a eternidade.

Marcus Fave (Ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro e do Colégio Permanente dos Presidentes dos Tribunais de Justiça)

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